Este blog destina-se a registrar todo o processo de criação que os alunos do PA2-B (Eldorado), do Teatro Escola Macunaíma, trilharão até chegar a apresentação da peça, que tem direção do Professor Felipe de Menezes.
27 de julho de 2011
Leonce e Lena - FIM
28 de junho de 2011
13 de junho de 2011
Protocolo Poético - 11 e 12 de junho.
9 de junho de 2011
Nova Arte
5 de junho de 2011
Protocolo dos dias 28 e 29 de maio
No dia seguinte realizamos o primeiro ensaio no teatro 4 da unidade Barra Funda, local em que serão feitas as apresentações. Durante esse dia foi possível checar o espaço, fazer a ambientação, verificar as facilidades e dificuldades que serão enfrentadas no momento da encenação. Dentre as facilidades, estão o grande espaço que nos proporcionará mais possibilidades criativas e interações diferenciadas. Entre as dificuldades, as diversas entradas em cena por lados diferentes da sala, trazendo uma cobrança maior de quem estiver fora do espaço cênico.
Agora é a hora de evoluirmos na passagem das cenas e de agilizar a parte de produção, incluindo figurinos, cenários e divulgação da peça.
Realmente foi muito bom voltar e esse tempo ausente mostrou o quanto o teatro é especial e nos transforma para a vida inteira.
Bjs,
Mari.
17 de maio de 2011
PROTOCOLO DO ENCONTRO - 13.05
16/04
Iniciamos com um aquecimento proposto pelo Eli, e então, o professor Felipe pediu para q nos dividíssemos em duplas e fizéssemos uma improvisação das primeiras cenas, ou a cena de Leonce e Valério ou a cena de Leonce e perceptor e para que nessa cena usássemos os movimentos que observamos na aula anterior, que eram movimentos de pessoas no shopping, o professor pediu para que observássemos um menino, uma menina e um idoso, e como não tivemos muito tempo para isso, pediu para que continuássemos observando também durante a semana.
Após as improvisações a sala foi dividida em dois grupos, e o professor pediu para que montássemos uma foto, uma foto q representasse o tédio. Depois dessa divisão cada grupo montou sua foto e um grupo observou o outro, e disse o que achava, depois o Felipe pediu para que algumas pessoas de um grupo passasse para o outro e visse e versa, para que pudesse opinar e mudar o que fosse preciso na foto, e depois um grupo comentou sobre o outro novamente e então a aula foi finalizada.
Deborah Carrascozza de Carvalho
PROTOCOLO DO ENCONTRO - 14.05
Protocolo aulas 23 e 30 de Abril.
9 de maio de 2011
Imagem Final de Leonce e Lena
14 de abril de 2011
PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO-AULA DO DIA 09/04
5 de abril de 2011
Hora de passarmos para o segundo plano - aula de 02/04
Como parte dos nossos exercícios de aquecimento, pintamos a sala por meio de movimentos corporais. Pintamos o espetáculo em nossa imaginação.
Para começar a concepção do nosso prólogo, a turma foi dividida em dois grupos para que cada um criasse uma espécie de jogral diferenciado, em que pudessem contar a história da peça como atores mesmo a um grupo de pessoas. Neste momento já percebemos como as atividades e discussões que tivemos nas últimas semanas nos alinharam para que caminhássemos em uma mesma direção.
Com idéias diferentes, mas concepções e formatos parecidos, os dois grupos começaram a apresentação de costas para a plateia e depois viraram revelando o que era o espetáculo na verdade, qual era a intenção daquela ação e o que estava realmente por trás daquela história. A partir de uma mescla entre as duas apresentações, nosso prólogo começou a ser criado.
Por meio de uma representação aparentemente boba, assim como a história de Leonce e Lena, é possível identificar nossas discussões para chegarmos até esse texto, o momento em que tivemos o primeiro contato com a história e o momento em que aprendemos a revelar o que está subentendido, o que está nas entrelinhas. O momento em que as máscaras caíram e conseguimos identificar como o que queremos falar para o mundo está implícito nas linhas de um texto escrito há tanto tempo e de forma tão despretensiosa.
A partir daí chega a hora de sairmos do momento do discurso e irmos para o momento da ação, se vestir desses personagens que trazem tantas coisas distantes da nossa realidade e ao mesmo tempo tão próximas dos nossos anseios, dúvidas e vontades. Na frente do público vamos nos despir como atores e nos vestirmos com as características desses personagens. Para alguns, inclusive para mim, um momento muito desafiador esse de se apresentar antes como “nós mesmos”, antes de nos encaixarmos dentro de um personagem. Personagens esses, aliás, que ainda não estão determinados e devem ser escolhidos nas próximas aulas.
Durante a aula de Teoria, a profa. Lívia discutiu conosco o que é o primeiro plano e o que é o segundo plano de uma personagem. De acordo com a definição, o segundo plano é aquilo que está implícito e faz parte da vida interna da personagem. Ao pensar no nosso prólogo, é como se os personagens estivessem em primeiro plano a partir desse momento, mas os atores continuassem ali em segundo plano. O momento em que deixamos nossa aparência, jeito de falar e atitudes comuns escondidas, mas para usar os trejeitos, falas e maneiras dos personagens simplesmente para mostrar o que temos escondido e o que queremos dizer ao mundo, como estamos buscando desde o primeiro dia de aula deste semestre.
As datas foram definidas: 01, 02 e 03 de julho. Quando vamos exibir o fim de um processo e o começo de várias novas descobertas.
Analisando o período que passou neste semestre e como foi o semestre passado, vejo que conseguimos amadurecer algumas coisas e outras nem tanto, mas o mais importante foi não nos cansarmos do caminho que muitas vezes é longo. Um sinal de que estamos conseguindo nos distanciar de algo apontado no texto em algumas das falas que mais me chamaram a atenção até agora:
"Leonce – Ó, todo caminho é longo! O picar do caruncho em nosso peito é lento e cada gota de sangue mede o seu tempo, e nossa vida é uma febre rastejante. Para pés cansados, todo caminho é longo demais...
Lena – E para olhos cansados toda luz é forte demais, e para lábios cansados todo sopro é pesado demais, e para ouvidos cansados cada palavra é excessiva."
Hora de descansarmos nos nossos personagens.
Postado por: Mari Maciel
28 de março de 2011
O Ator
Por mais que as cruentas e inglórias
Batalhas do cotidiano
Tornem um homem duro ou cínico
O suficiente para fazê-lo indiferente
Às desgraças e alegrias coletivas,
Sempre haverá no seu coração,
Por minúsculo que seja,
Um recanto suave
Onde ele guarda ecos dos sons
De algum momento de amor já vivido.
Bendito seja
Quem souber dirigir-se
A esse homem
Que se deixou endurecer,
De forma a atingi-lo
No pequeno porém macio
Núcleo da sua sensibilidade.
E por aí despertá-lo,
Tirá-lo da apatia,
Essa grotesca
Forma de auto-destruição
A que por desencanto
Ou medo se sujeita.
E por aí inquietá-lo
E comovê-lo para
As lutas comuns da libertação.
O ator tem esse dom.
Ele tem o talento de atingir as pessoas
Nos pontos onde não existem defesas.
O ator, não o autor ou o diretor,
Tem esse dom.
Por isso o artista do teatro é o ator.
O público vai ao teatro por causa dele.
O autor e o diretor só são bons na medida
Em que dão margem a grandes interpretações.
Mas o ator deve se conscientizar
De que é um cristo da humanidade:
Seu talento é muito mais
Uma condenação do que uma dádiva.
Ele tem que saber que para ser
Um ator de verdade, vai ter que fazer
Mil e uma renúncias, mil e um sacrifícios.
É preciso coragem,
Muita humildade e, sobretudo,
Um transbordamento de amor fraterno
Para abdicar da própria personalidade
Em favor de seus personagens,
Com a única intenção de fazer
A sociedade entender
Que o ser humano não tem
Instintos e sensibilidades padronizados,
Como pretendem os hipócritas
Com seus códigos de ética.
Amo o ator
Nas suas alucinantes variações de humor,
Nas suas crises de euforia ou depressão.
Amo o ator no desespero de sua insegurança,
Quando ele, como viajor solitário,
Sem a bússola da fé ou da ideologia,
É obrigado a vagar pelos labirintos de sua mente
Procurando, no seu mais secreto íntimo,
Afinidades com as distorções de caráter
De seu personagem.
Amo o ator
Mais ainda quando,
Depois de tantos martírios,
Surge no palco com segurança,
Oferecendo seu corpo, sua voz,
Sua alma, sua sensibilidade
Para expor, sem nenhuma reserva,
Toda a fragilidade do ser humano
Reprimido, violentado.
Amo o ator por se emprestar inteiro
Para expor à platéia
Os aleijões da alma humana,
Com a única finalidade
De que o público
Se compreenda, se fortaleça
E caminhe no rumo
De um mundo melhor,
A ser construído
Pela harmonia e pelo amor.
Amo o ator
Consciente de que
A recompensa possível
Não é o dinheiro, nem o aplauso,
Mas a esperança de poder
Rir todos os risos
E chorar todos os prantos.
Amo o ator consciente de que,
No palco, cada palavra
E cada gesto são efêmeros,
Pois nada registra nem documenta
Sua grandeza.
Amo o ator e por ele amo o teatro.
Sei que é por ele que
O teatro é eterno
E jamais será superado
Por qualquer arte que
Se valha da técnica mecânica.
(Plínio Marcos)
Meu presente a vocês.
Dia 27 de março dia do Teatro.
Paulo Galrão.
26 de março de 2011
Protocolo 19 de março
Há quem diga que não, que sua fase de criança já passou que como era bom o tempo em que não tinha responsabilidades, e que a vida se resumiria em sorrisos e abraços.
Quando entramos no macu, éramos apenas “bebes” onde no básico aprendemos a dar pequenos passos nesse mundo maravilhoso, em que cada aula se resumiria em sorrisos e abraços.
No pa1 diria que éramos aquela fase na infância onde estamos começando a entrar na escola, onde temos que fazer pequenas coisas, que por ter pouca relevância, elas saiam quase como naturalmente.
O pa2a foi aquela em que seria o finalzinho da infância e o começo da adolescência, ou de forma mais simples, a pré – adolescência. As responsabilidades duplicaram para alguns e quadruplicaram para outros, houve gente, que, depois desse aumento “repentino” de atividades e tarefas extra-classe pensaram em até desistir alegando a falta de tempo.
Sim, teve gente que saiu por seus “n” motivos, não as culpo, cada um tem a sua razão.
Mas quanto mais os semestres passam, mais independentes ficamos como a adolescência.
Sim, fraquejamos o semestre passado, quando realmente não dava para fazer, não nos comunicávamos e dizíamos “Ah, no sábado a gente resolve”. E assim foram 6 meses de dores de cabeça inúteis e choros.
Ano novo, fase nova. Somos agora pa2b, e continuamos a pecar no mesmo quesito, responsabilidade.
Somos agora adolescentes, espera que a gente faça tudo aquilo que peçam sem espaço para desculpas quando não é feito, pois somos adolescentes, e é isso que fazem.
Sábado passado tivemos a sorte de voltar a ser criança com o aquecimento do Eli. Tapa na bunda, foi essa a brincadeira. Corremos, rimos, nos divertimos, nos conhecemos.
Chegava a hora de sermos mais sérios, a apresentação do anti-seminário do grupo restante.
Foi essa a hora do choque, o grupo não tinha feito.
Alguns pesquisaram, deram uma lida, mas não tinha como encaixar idéias rápidas com a proposta do trabalho.
Quando a bronca foi dada, voltamos a ser crianças. Cabeças abaixadas, um clima chato no ar, igualzinho quando mãe briga com o filho.
Mas logo isso melhorou, quando começamos a falar da nossa peça, e as novas idéias e duvidas que surgiram ao longo da semana.
Um exercício proposto pelo Felipe fez muita gente suar no sábado.
Primeiramente correr o quanto você pode pela a sala, depois quando uma musica estiver tocando, fazermos movimentos que saiam da coluna, explorando todos os planos.
Quando estávamos muito cansados, quase parando igual estatua no lugar, ele pediu para que nos parássemos e escrevêssemos tudo que vier a nossa mente.
Ao final disso era para que nós saíssemos sem dizer nenhuma palavra e analisar movimentos que saíssem a partir da coluna de 3 pessoas no shopping: Um menino, uma menina e um velho. Para que pudéssemos usar semana que vem em cena.
Outra coisa que ficou para que nós respondêssemos na semana, foi: O que é o tédio para você?
By Camila
22 de março de 2011
Falando nisso...
Falando em tédio, mudanças, etc., acho que se encaixa bem.
"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares.
É o tempo da travessia e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.
Não se acostume com o que não o faz feliz. Revolte-se quando julgar necessário.
Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas.
Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente.
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-a.
Se perder um amor, não se perca!
Se o achar, segure-o!"
Fernando Pessoa.
21 de março de 2011
Tédio...
Quando saímos da aula de sábado, fiquei pensando:
É um estado de desinteresse ou de falta de energia, como reação a estímulos percebidos como monótonos, repetitivos ou tediosos. Ocorre pela falta de coisas interessantes para se olhar, ouvir, perceber etc., ou para fazer (física o intelectualmente), quando não se deseja estar sem fazer nada."
Tédio nome masculino
14 de março de 2011
Meu presente para vocês.
1, 2, 10 e 1000?
Importa?
Todos nós chegamos aqui, hoje, por algum motivo que nos cabe.
Os passos que nos trouxeram até aqui eram diferentes.
Mas chegamos.
Começamos pelo básico. É sempre assim, sempre começamos pelo be-a-ba.
Mas aí crescemos.
Mudamos.
E só o fizemos porque tivemos pessoas que nos desafiaram a desafiar o mundo. Pessoas essas que traziam em si e distribuiam conhecimento. Conhecimento adquirido. Conhecimento experimentado.
Sempre olhavámos eles como espelhos do conhecimento. Me lembro bem.
E quem vai dizer que não são?
Enquanto os pais nos ensinam sobre a vida.
Eles nos ensinam a como reconhecer o mundo na arte.
Como reconhecer e amar a arte em nós.
Porque de alguma maneira peculiar, fomos tocados.
Graças a Deus!! rs
Mas, além deles nos acrescentarem, tiveram pessoas que nos acrescentaram também, em cada um dos momentos. Essas pessoas somos nós mesmos.
Nós nos acrescentamos antes de darmos as mãos. Nos momentos em que ousamos dar a alguns e no momento em que abraçamos a todos.
Cada um sempre teve algo a ensinar para o outro. E para aprender também.
Só Deus sabe o quanto eu aprendi e o quanto eu aprendo com vocês.
Só eu sei como cada um de vocês me marcou, de alguma forma, me surpreendendo, me mostrando novas visões de ver as coisas, me dando um abraço ou um aperto de mão.
Vocês, sementinhas básicas de ontem, hoje de tornam plantinhas que começaram a crescer e tenho certeza que no PA2-B continuarão crescendo.
E, se um dia pararem de crescer, só peço um favor. Não se acomodem.
Jamais deixem de chegar em casa e reparar nos quadros.
Agradeço a vocês por esses quase 02 anos juntos.
E espero que tenhamos sempre mais e mais momentos.
E muito mais crescimento.
Espero que um dia nos tornemos grandes árvores e que possamos dar belos frutos.
By Bruna Faggion
Manipulação
Foi isso que percebi no instigante anti-seminário do primeiro grupo, composto pela Alê, Bruna, Camila, Murilo e Nathalia. A vida e a obra de Büchner foram misturadas em uma encenação envolvendo imagens, objetos e sons. A impressão dos que assistiram serão discutidas na próxima aula, assim como a apresentação do outro grupo.
Em seguida nosso orientador e diretor propôs duas atividades... em ambas buscou-se por contato físico, por sedução ou dissimulação, induzir mudanças nas atitudes e comportamentos de um ou mais companheiros. O termo 'marionete' foi usado como imagem para a relação entre o manipulador e seu objeto...
Na nossa conversa final foram pontuadas algumas questões:
- Os atores podem, se quiserem, escolher um personagem que lhe agradem... só não devem manifestar sua preferência e sim defender essa preferência durante as encenações ao longo da preparação...
- O blog está precisando de ser vitalizado, manipulado, construído por todos os participantes do processo, para não se tornar um relato frio de atividades... é importante que, à cada postagem, surjam comentários, discussões, idéias sobre o que foi postado....
- Vamos estudar o peça a ser montada também pela visão de estudiosos do assunto, procurando entender os objetivos do autor com a obra. O primeiro texto abordará o trágico na obra, aparentemente cômica...
- A Camila levantou mais uma vez a questão da caixinha... já estamos atrasados com a contribuição de fevereiro e já estamos em meados de março...
- O Felipe lembrou que, nesse momento, todas as idéias para a montagem são válidas, a não ser que se mostrem inadequadas em cena...
- Foi proposto o seguinte exercício: cada pessoa deverá contar a estória para uma criança, observando suas reações. O objetivo desse exercício é avaliar o interesse que a estória desperta na criança, além de nos permitir treinar o 'contar estórias' e perceber os pontos mais interessantes da estória...
- Sobre a montagem propriamente dita, a idéia inicial é a que todos os atores fiquem muito em cena e que, portanto, tenham muita disponibilidade física em termos de expressão corporal... a encenação pode envolver manipulação humana ou mesmo marionetes...vai ser proposto o Teatro 4 para a apresentação, onde a platéia fica dividida em dois grupos e a peça se desenrola entre esses dois grupos. Não se pretende, em princípio, o rodízio de atores e/ou personagens.... As datas inicialmente pensadas para a apresentação seriam de 01 a 03 de julho. Tudo ainda dependendo de confirmação...
- Como nosso tempo é curto, teremos provavelmente ensaios extras, com todo o grupo ou parte dele e, o mais importante, a concentração nesse momento é fundamental, ou seja, no momento do ensaio, o mundo exterior dever ficar fora da sala, isso incluindo mensagens no celular, ligações, etc....
10 de março de 2011
Protocolo aula 26/02
Hoje não definimos uma palavra, mas quem disse que não aprendemos nada?
Em seguida, lemos a nossa peça “Leonce e Lena” de Georg Buchner e o Felipe fez a seguinte pergunta: Qual foi a primeira impressão que vocês tiveram com relação ao texto? Como em qualquer lugar as pessoas não possuem os mesmo pensamentos,pontos de vistas e inclusive os mesmos gostos, por que nesse caso iria ser diferente, não é mesmo?
Foi exatamente isso que aconteceu com a nossa turma.Tiveram pessoas que aprovaram não só o conteúdo como a estrutura, porém outras trouxeram problemáticas. Mas é claro que problema não é sinônimo de algo ruim, ao contrário, é sinônimo de algo desafiador e eventualmente algo que poderemos aprender.
Por isso mesmo no quadro abaixo estão presente algumas opiniões sobre a peça:
Pontos Positivos | Problemas |
Sutilezas | Vocabulário |
Equilíbrio entre drama e cômico | Falas longas |
Muitas ferramentas de trabalho | Compreensão das sutilezas |
| Falta de ações |
| Tom declamatório |
| Ausência de dinamismo |
Felipe: O Büchner vai atacar determinados setores da sociedade de uma forma poética, ou seja, como dizer o que queremos dizer sem discursar? Sem a fala, mas sim do jeito que nós sabemos fazer: por meio da arte. Como eu disse e repito para vocês esse textocentrismo de vocês não é nada quando se está comparando com o que a gente quer falar, mas antes precisamos ter certeza do que a gente quer falar.
Possibilidade de haver outra peça:
Felipe: Eu poderia até pensar em alguma outra coisa mais técnica, mais cômodo, porém para essa turma precisa de algo muito bobo em termos de fabula para que a fabula ficasse escondida e vocês aparecessem, vocês, eu quero dizer o discurso de vocês. Porém, nessa peça tudo existe uma justificativa.
Para vocês perceberem nós iremos ler teóricos que contextualizaram sobre essa peça.
Respondendo aos problemas apontados pelo Murilo:
Murilo: O problema está na quantidade de personagens.
Felipe: Eu posso te responder de duas formas. Primeiro , isso aqui é teatro e só pelo fato de eu dizer isso é teatro significa muito, já que teatro é uma arte autônoma ela não precisa de vocês para brilharem ela brilha por si só, o que eu quero dizer é que você precisam parar com isso de que o protagonista é o melhor papel e que o restante não. A nossa função como nós, atores, poderemos transformar isso. Qual é o motivo de tanta preocupação? É porque vocês querem ficar mais tempo no palco? O que é, o que é ? Eu já vou dizer que se esse for o caso “ Vocês já eram comigo!” O diretor quando percebe que o ator quer aparecer mais já corta isso!
Resposta aos problemas apontados pela Fabi:
Fabi: Criticas são muitos sutis.
Felipe: Eu vejo isso como sendo um problema que nós teremos que enfrentar.
Resposta aos problemas apontados pela Alessandra:
Alessandra: Tom declamatório me incomoda.
Felipe: Por ser declamatório já me desafia e isso é uma coisa que eu gosto. Mas porque a gente não gosta do tom declamatório? Por que a gente não está acostumado a ouvir? Por que é chato? Vamos buscar o que nos causa essa repulsa quando falamos no tom declamatório Uma coisa que eu gosto são os problemas.
Tarefas:
1) Ler pelo menos três vezes na semana essa texto; se dedicar todos os dias para essa montagem.
2) Grupos de pesquisa para apresentação da trajetória de Büchner, porém anti-seminário.
Postado por Nathália.
20 de fevereiro de 2011
Leonce e Lena
Começamos a aula, acredito eu que todas as aulas começarão assim, formando uma roda e comentando sobre a aula passada, as instalações e nosso blog e depois de todos os assuntos resgatados iniciou-se a montagem das últimas instalações.
Visitamos o trabalho de cada um dos que faltavam, observamos, pensamos, tocamos e sentimos como já havíamos feito nas instalações da aula passada.. Enfim passamos pelo menos processo e formamos novamente a roda.
Antes de comentar as instalações dessa aula, voltamos para as instalações que não conseguimos comentar aula passada.
A instalação da Camila foi baseada na palavra enxergar. Uma cartolina branca com um fundo rosa choque, um olho feito bem no meio e diversos elementos em volta, elementos que devemos prestar mais atenção e perceber mais no nosso dia-a-dia. A instalação da Deborah foi baseada na palavra viva. Composta por fotos do decorres da sua vida e por frases que ela leva como verdadeiras e que guiam a maneira em que vive sua vida.
O primeiro presente foi da Nil, a música O que é? O que é? Do Gonzaguinha, para cantarmos juntos.
O presente da Natalia, um poema que ela gostaria muito de compartilhar conosco, da Cecília Meireles chamado Desenho.
Desenho
Traça a reta e a curva,
a quebrada e a sinuosa
Tudo é preciso.
De tudo viverás.
Cuida com exatidão da perpendicular
e das paralelas perfeitas.
Com apurado rigor.
Sem esquadro, sem nível, sem fio de prumo,
traçarás perspectivas, projetarás estruturas.
Número, ritmo, distância, dimensão.
Tens os teus olhos, o teu pulso, a tua memória.
Construirás os labirintos impermanentes
que sucessivamente habitarás.
Todos os dias estarás refazendo o teu desenho.
Não te fatigues logo. Tens trabalho para toda a vida.
E nem para o teu sepulcro terás a medida certa.
Somos sempre um pouco menos do que pensávamos.
Raramente, um pouco mais.
O presente do Ricardo foi chocolate! Chocolate meio amargo para todos nós representando a dicotomia que é a vida, às vezes muito boa e diversas vezes também muito complicada e difícil.
O presente do Murilo foi um caderno onde todos podemos escrever o que quisermos, um pensamento, um sentimento, uma ideia e eu fui a primeira a escrever um recado.
O meu presente foi uma dinâmica de “abraços”, uma historinha sobre as estrelas que representam os nossos sentimentos e cada um de nós éramos uma estrela que representava certo sentimento e as estrelas compartilhavam sua felicidade abraçando umas as outras assim como nós. Escolhi esse presente, pois precisamos estar bem conectados e em comunhão para que nossa nova peça funcione bem.
Todos os presentes resolvidos foi a hora de comentarmos as novas instalações.
A Mari trouxe um espelho deitado com diversos tipos de óculos, e um copo de água meio cheio ou meio vazio rs, que era para nos olharmos e perceber que uma mesma situação pode ser vista de diversas maneiras e vivida de diversos ângulos diferentes. A palavra era superação.
A instalação do Ricardo era um espelho com perguntas em volta do tipo “que é você”? “O que você busca?” Baseado na autoafirmação, ele acredita que precisamos ter um papo com a gente mesmo, se conhecer melhor.
A instalação da Nati foi baseada na palavra confiança, representada por uma cadeira e no alto da cadeira, na parede a figura de um nó. Nati ainda trouxe um texto do Arnaldo Jabor, que tinha a ver com a sua palavra escolhida. Aliás, um texto muito bacana mesmo.
A Nil se apoiou na palavra preservar e trouxe figuras de pintores como Monet e Picasso e cada uma delas representava uma visão diferente do adulto e da criança. Ela acredita que devemos cuidar e preservar nossas crianças para formamos adultos competentes e capazes de enfrentar suas dificuldades.
Eu gostaria até de me desculpar com a sala e com o Felipe, pois durante a apresentação dela alguma coisa me tocou e senti a necessidade de desabafar e compartilhar algo com vocês, mas foi algo que fugiu da proposta e não tinha a ver com o que estávamos fazendo, mas obrigado por escutarem.. rs
Depois do intervalo estávamos muito ansiosos para saber o texto que vamos montar, o Felipe explicou que escolheu o texto baseado no que ele sabia da gente, e o que ele acreditava ser do nosso “tamanho” e próprio para o momento e que é um texto divertido e bem escrito.
Chama-se Leonce e Lena. Nenhum de nós conhecia o texto e acredito que todo mundo saiu da aula do mesmo jeito que eu, louca para chegar em casa e ver do que isso se trata na real. Sábado que vem começamos a leitura. E a próxima pessoa que estiver a fim de escrever no blog já pode se preparar.
Acho que é isso! Vocês podem comentar coisas que eu deixe passar ou que vocês queiram dizer.
15 de fevereiro de 2011
Fim - Livia Velardi (Presente de Camila Vidigoi)
Inevitável, antagonista, solitário.
Em cada passo o esperamos, a cada segundo o encontramos.
Alívios, sorrisos, lágrimas, abraços, passos e promessas.
Por mais previsível que pareça, é imprevisível!
Quando mais o queremos ele demora para chegar.
Mas quando estamos bem, bate um suspiro e ele está lá,
Olhando-te nos olhos com um sorriso no rosto,
Como se fosse devorar tudo aquilo que você passou tempos construindo.
O indestrutível foi destruído, de alguma maneira.
O que era para sempre, acabou!
Esse é o fim, ou o começo que simplesmente chegou.
(autora: Lívia Belardi)
Morre Lentamente - Pablo Neruda (Presente entregue por Mari Maciel)
Morre lentamente
Dia de Instalação
Começamos o sábado muito bem,com uma pequena roda de conversa, muita concentração e esquecendo o que acontecia fora do nosso meio, a pedido do professor Felipe.
Dando início à entrega dos presentes, Mariana Maciel começa muitíssimo bem, entregando um poema com uma pequena dedicatória a cada pessoa da turma.
Dez minutos, esse foi o tempo estipulado pelo professor para que cada um pegasse seu espaço e montasse sua instalação.
Deborah- Viva
“Eu não tenho tempo para mais nada, ser feliz me consome muito.”
(Clarisse Lispector)
Deborah usou fotos de amigos e familiares para justificar o seu modo de ver, a palavra “viva”.
Joca- Acorda
Um globo terrestre pendurado por uma caixa de fio dental.Uma vela logo abaixo como se algo “aquecesse” o mundo.
Pelo meu modo de ver, Joca queria falar um pouco de aquecimento global ao utilizar-se do recurso da vela, buscando dizer que o mundo estava literalmente na “ boca do povo” pelo fato de estar pendurado por um fio dental.
Alessandra- Diferenças
Nos mostrou um vídeo bem objetivo, fazendo uma junção de textos e pensamentos. Alessandra deu seu grito de diversidade ao mundo.
Paulo- Simples
Mostrando que o simples não tem um porque, é simples, é natural, é necessário.
Camila- Enxergar
Mostrando diversas palavras como:
amor, vida, paz, fidelidade, família e etc...
As palavras se encontravam dentro de um olho desenhado em um E.V.A branco.
Murilo- Tudo
Uma cama feita no chão com lençóis.
Murilo quis mostrar que tudo começa e termina em uma cama,e que ao deitar ele eleva seus pensamentos...
Bruna- Essência
Conhecemos 10% do iceberg , porque os outros 90% ficam embaixo da água.
Pegando 3 bolinhas e 2 latinhas Bruna montou um esquema muito interessante para nos mostrar o que estava querendo nos dizer.
Próximo presente?
Deborah Carrascoza tirou muita água dos olhos de Bruna e emocionou a turma ao mostrar um vídeo com fotos desde quando tudo começou até o Pa2a. Relembrando pessoas que passaram em nossa turma.
Voltando com mais presentes, Camila Vidigoi também traz um belo texto destinado a turma. Seguida por Joca, que traz uma imagem de um palco vazio com uma frase, após a finalização dos presentes, um exercício foi lançado por Felipe.
Tema: Um grupo de pessoas alegres/embriagadas tem como objetivo alegrar um grupo de pessoas tristes. Criem!
Os grupos foram divididos em:
Paulo, Bruna, Camila, Murilo, Ricardo e Nathalia
sendo assim, o outro ficou composto por:
Mariana, Joca, Nilsete, Alessandra e Deborah.
Passando –se todo exercício , fizemos uma roda para debater sobre o tema proposto e mais alguns outros pontos relevantes que tinham acontecido ao decorrer da tarde.
Vamos ver o que os Deuses nos preparam para semana que vem?
(Bertolt Brecht)
9 de fevereiro de 2011
Protocolo primeira aula - 05/02/2011
Essa foi a palavra que denominou a primeira aula de montagem.
Surpresa porque fomos desafiados:
- Nos avaliamos.
Não é fácil se avaliar, é?... sabemos que não. Por mais que pensemos, nem sempre temos a ousadia de falar para os outros, ou para nós mesmos.
Mas é necessário se avaliar, para poder crescer, se desenvolver, aprender.
- Descobrimos o que queríamos, pelo menos naquele momento, dizer ao mundo.
O professor fez uma atividade, pediu que imaginássemos que por um momento o mundo tinha parado para ouvir o que tínhamos para dizer, em uma frase, a ele.
"O que você diria?" - Ele perguntou.
Outra tarefa difícil. O que dizer? Por que dizer?
- Encenamos o que queríamos dizer.
O professor pediu que tranformassemos a frase em uma palavra.
Se já é difícil dizer uma frase, imagina passar uma mensagem inteira através de uma palavra.
Mas cada um escolheu a sua e em dois grupos, divididos pelo assistente, dissemos através de uma cena o que queríamos dizer.
Acho que o resultado foi bem interessante:
De um lado a idéia de que fugir dos padrões da sociedade te faz parecer um louco. E que um "louco", fugindo desses padrões às vezes consegue ser mais feliz do que uma pessoa "normal".
Do outro, a idéia de que não somos realmente livres. Que vivemos presos a conceitos, a regras e que elas nos fecham em um quadrado e, que por mais que tentemos escapar, sempre há uma nova barreira a vencer.
- Por fim... o professor pediu que trouxéssemos um presente ao grupo.
Para mim presente está sendo esse semestre onde podemos nos desafiar, crescer. Juntos.
O professor pediu também que fizéssemos uma instalação na sala com a palavra que diríamos ao mundo.
Acho que talvez seja um modo de não nos afastar de nosso objetivo...
Pediu também que aprendêssemos flauta doce.
Intrigante, diferente...
Acho que depois de toda essa aula, só nos resta ir atrás de vencermos os desafios para que possam vir melhores, para que possamos mais vezes ser surpreendidos, para que possamos sempre, crescer.