Começamos a aula, acredito eu que todas as aulas começarão assim, formando uma roda e comentando sobre a aula passada, as instalações e nosso blog e depois de todos os assuntos resgatados iniciou-se a montagem das últimas instalações.
Visitamos o trabalho de cada um dos que faltavam, observamos, pensamos, tocamos e sentimos como já havíamos feito nas instalações da aula passada.. Enfim passamos pelo menos processo e formamos novamente a roda.
Antes de comentar as instalações dessa aula, voltamos para as instalações que não conseguimos comentar aula passada.
A instalação da Camila foi baseada na palavra enxergar. Uma cartolina branca com um fundo rosa choque, um olho feito bem no meio e diversos elementos em volta, elementos que devemos prestar mais atenção e perceber mais no nosso dia-a-dia. A instalação da Deborah foi baseada na palavra viva. Composta por fotos do decorres da sua vida e por frases que ela leva como verdadeiras e que guiam a maneira em que vive sua vida.
O primeiro presente foi da Nil, a música O que é? O que é? Do Gonzaguinha, para cantarmos juntos.
O presente da Natalia, um poema que ela gostaria muito de compartilhar conosco, da Cecília Meireles chamado Desenho.
Desenho
Traça a reta e a curva,
a quebrada e a sinuosa
Tudo é preciso.
De tudo viverás.
Cuida com exatidão da perpendicular
e das paralelas perfeitas.
Com apurado rigor.
Sem esquadro, sem nível, sem fio de prumo,
traçarás perspectivas, projetarás estruturas.
Número, ritmo, distância, dimensão.
Tens os teus olhos, o teu pulso, a tua memória.
Construirás os labirintos impermanentes
que sucessivamente habitarás.
Todos os dias estarás refazendo o teu desenho.
Não te fatigues logo. Tens trabalho para toda a vida.
E nem para o teu sepulcro terás a medida certa.
Somos sempre um pouco menos do que pensávamos.
Raramente, um pouco mais.
O presente do Ricardo foi chocolate! Chocolate meio amargo para todos nós representando a dicotomia que é a vida, às vezes muito boa e diversas vezes também muito complicada e difícil.
O presente do Murilo foi um caderno onde todos podemos escrever o que quisermos, um pensamento, um sentimento, uma ideia e eu fui a primeira a escrever um recado.
O meu presente foi uma dinâmica de “abraços”, uma historinha sobre as estrelas que representam os nossos sentimentos e cada um de nós éramos uma estrela que representava certo sentimento e as estrelas compartilhavam sua felicidade abraçando umas as outras assim como nós. Escolhi esse presente, pois precisamos estar bem conectados e em comunhão para que nossa nova peça funcione bem.
Todos os presentes resolvidos foi a hora de comentarmos as novas instalações.
A Mari trouxe um espelho deitado com diversos tipos de óculos, e um copo de água meio cheio ou meio vazio rs, que era para nos olharmos e perceber que uma mesma situação pode ser vista de diversas maneiras e vivida de diversos ângulos diferentes. A palavra era superação.
A instalação do Ricardo era um espelho com perguntas em volta do tipo “que é você”? “O que você busca?” Baseado na autoafirmação, ele acredita que precisamos ter um papo com a gente mesmo, se conhecer melhor.
A instalação da Nati foi baseada na palavra confiança, representada por uma cadeira e no alto da cadeira, na parede a figura de um nó. Nati ainda trouxe um texto do Arnaldo Jabor, que tinha a ver com a sua palavra escolhida. Aliás, um texto muito bacana mesmo.
A Nil se apoiou na palavra preservar e trouxe figuras de pintores como Monet e Picasso e cada uma delas representava uma visão diferente do adulto e da criança. Ela acredita que devemos cuidar e preservar nossas crianças para formamos adultos competentes e capazes de enfrentar suas dificuldades.
Eu gostaria até de me desculpar com a sala e com o Felipe, pois durante a apresentação dela alguma coisa me tocou e senti a necessidade de desabafar e compartilhar algo com vocês, mas foi algo que fugiu da proposta e não tinha a ver com o que estávamos fazendo, mas obrigado por escutarem.. rs
Depois do intervalo estávamos muito ansiosos para saber o texto que vamos montar, o Felipe explicou que escolheu o texto baseado no que ele sabia da gente, e o que ele acreditava ser do nosso “tamanho” e próprio para o momento e que é um texto divertido e bem escrito.
Chama-se Leonce e Lena. Nenhum de nós conhecia o texto e acredito que todo mundo saiu da aula do mesmo jeito que eu, louca para chegar em casa e ver do que isso se trata na real. Sábado que vem começamos a leitura. E a próxima pessoa que estiver a fim de escrever no blog já pode se preparar.
Acho que é isso! Vocês podem comentar coisas que eu deixe passar ou que vocês queiram dizer.