20 de fevereiro de 2011

Leonce e Lena

Começamos a aula, acredito eu que todas as aulas começarão assim, formando uma roda e comentando sobre a aula passada, as instalações e nosso blog e depois de todos os assuntos resgatados iniciou-se a montagem das últimas instalações.

Visitamos o trabalho de cada um dos que faltavam, observamos, pensamos, tocamos e sentimos como já havíamos feito nas instalações da aula passada.. Enfim passamos pelo menos processo e formamos novamente a roda.

Antes de comentar as instalações dessa aula, voltamos para as instalações que não conseguimos comentar aula passada.

A instalação da Camila foi baseada na palavra enxergar. Uma cartolina branca com um fundo rosa choque, um olho feito bem no meio e diversos elementos em volta, elementos que devemos prestar mais atenção e perceber mais no nosso dia-a-dia. A instalação da Deborah foi baseada na palavra viva. Composta por fotos do decorres da sua vida e por frases que ela leva como verdadeiras e que guiam a maneira em que vive sua vida.

O primeiro presente foi da Nil, a música O que é? O que é? Do Gonzaguinha, para cantarmos juntos.


O presente da Natalia, um poema que ela gostaria muito de compartilhar conosco, da Cecília Meireles chamado Desenho.

Desenho

Traça a reta e a curva,
a quebrada e a sinuosa
Tudo é preciso.
De tudo viverás.

Cuida com exatidão da perpendicular
e das paralelas perfeitas.
Com apurado rigor.
Sem esquadro, sem nível, sem fio de prumo,
traçarás perspectivas, projetarás estruturas.
Número, ritmo, distância, dimensão.
Tens os teus olhos, o teu pulso, a tua memória.

Construirás os labirintos impermanentes
que sucessivamente habitarás.

Todos os dias estarás refazendo o teu desenho.
Não te fatigues logo. Tens trabalho para toda a vida.
E nem para o teu sepulcro terás a medida certa.

Somos sempre um pouco menos do que pensávamos.
Raramente, um pouco mais.

O presente do Ricardo foi chocolate! Chocolate meio amargo para todos nós representando a dicotomia que é a vida, às vezes muito boa e diversas vezes também muito complicada e difícil.

O presente do Murilo foi um caderno onde todos podemos escrever o que quisermos, um pensamento, um sentimento, uma ideia e eu fui a primeira a escrever um recado.

O meu presente foi uma dinâmica de “abraços”, uma historinha sobre as estrelas que representam os nossos sentimentos e cada um de nós éramos uma estrela que representava certo sentimento e as estrelas compartilhavam sua felicidade abraçando umas as outras assim como nós. Escolhi esse presente, pois precisamos estar bem conectados e em comunhão para que nossa nova peça funcione bem.

Todos os presentes resolvidos foi a hora de comentarmos as novas instalações.

A Mari trouxe um espelho deitado com diversos tipos de óculos, e um copo de água meio cheio ou meio vazio rs, que era para nos olharmos e perceber que uma mesma situação pode ser vista de diversas maneiras e vivida de diversos ângulos diferentes. A palavra era superação.

A instalação do Ricardo era um espelho com perguntas em volta do tipo “que é você”? “O que você busca?” Baseado na autoafirmação, ele acredita que precisamos ter um papo com a gente mesmo, se conhecer melhor.

A instalação da Nati foi baseada na palavra confiança, representada por uma cadeira e no alto da cadeira, na parede a figura de um nó. Nati ainda trouxe um texto do Arnaldo Jabor, que tinha a ver com a sua palavra escolhida. Aliás, um texto muito bacana mesmo.

A Nil se apoiou na palavra preservar e trouxe figuras de pintores como Monet e Picasso e cada uma delas representava uma visão diferente do adulto e da criança. Ela acredita que devemos cuidar e preservar nossas crianças para formamos adultos competentes e capazes de enfrentar suas dificuldades.

Eu gostaria até de me desculpar com a sala e com o Felipe, pois durante a apresentação dela alguma coisa me tocou e senti a necessidade de desabafar e compartilhar algo com vocês, mas foi algo que fugiu da proposta e não tinha a ver com o que estávamos fazendo, mas obrigado por escutarem.. rs

Depois do intervalo estávamos muito ansiosos para saber o texto que vamos montar, o Felipe explicou que escolheu o texto baseado no que ele sabia da gente, e o que ele acreditava ser do nosso “tamanho” e próprio para o momento e que é um texto divertido e bem escrito.

Chama-se Leonce e Lena. Nenhum de nós conhecia o texto e acredito que todo mundo saiu da aula do mesmo jeito que eu, louca para chegar em casa e ver do que isso se trata na real. Sábado que vem começamos a leitura. E a próxima pessoa que estiver a fim de escrever no blog já pode se preparar.

Acho que é isso! Vocês podem comentar coisas que eu deixe passar ou que vocês queiram dizer.


15 de fevereiro de 2011

Diferenças (Instalação Alessandra Ganan)

Fim - Livia Velardi (Presente de Camila Vidigoi)

FIM

Inevitável, antagonista, solitário.

Em cada passo o esperamos, a cada segundo o encontramos.

Alívios, sorrisos, lágrimas, abraços, passos e promessas.

Por mais previsível que pareça, é imprevisível!

Quando mais o queremos ele demora para chegar.

Mas quando estamos bem, bate um suspiro e ele está lá,

Olhando-te nos olhos com um sorriso no rosto,

Como se fosse devorar tudo aquilo que você passou tempos construindo.

O indestrutível foi destruído, de alguma maneira.

O que era para sempre, acabou!

Esse é o fim, ou o começo que simplesmente chegou.

(autora: Lívia Belardi)

Texto de Martha Medeiros (Presente enviado por Joca)

Morre Lentamente - Pablo Neruda (Presente entregue por Mari Maciel)


Morre lentamente 


Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os “is” em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.
Morre lentamente, quem abandona um projeto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples fato de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio esplêndido de felicidade.
(Autor: Pablo Neruda)

Dia de Instalação

Atitude, assim foi a palavra  que definiu a mais um dia de trabalho.

Começamos o sábado muito bem,com uma pequena roda de conversa, muita concentração  e esquecendo o que acontecia fora do nosso meio, a  pedido do professor Felipe.

Logo em seguida um pequeno bate papo para relembrar o que tinha acontecido na aula anterior.

Dando início à entrega dos presentes, Mariana Maciel começa muitíssimo bem, entregando um poema com uma pequena dedicatória a cada pessoa da turma.

Dez minutos, esse foi o tempo estipulado pelo professor para que cada um pegasse seu espaço e montasse sua instalação.

Em grupo visitamos o trabalho de cada colega. Tocamos, cheiramos, lemos,escutamos,pensamos. Tirando nossas conclusões a partir do que o amigo (a) queria nos passar com sua instalação.

Deborah- Viva
“Eu não tenho tempo para mais nada, ser feliz me consome muito.”
(Clarisse Lispector)
Deborah usou fotos de amigos e familiares para justificar o seu modo de ver, a palavra “viva”.

Joca- Acorda
Um globo terrestre pendurado por uma caixa de fio dental.Uma vela logo abaixo como se algo “aquecesse” o mundo.
Pelo meu modo de ver,  Joca queria falar um pouco de aquecimento global ao utilizar-se do recurso da vela, buscando dizer que o mundo estava literalmente  na “ boca do povo” pelo fato de estar pendurado por um fio dental. 

Alessandra- Diferenças
Nos mostrou um vídeo bem objetivo, fazendo uma junção de textos e pensamentos. Alessandra deu seu grito de diversidade ao mundo. 

Paulo- Simples
Mostrando que o simples não tem um porque, é simples, é natural, é necessário.

Camila- Enxergar
Mostrando diversas palavras como:
amor, vida, paz, fidelidade, família e etc...
As palavras se encontravam dentro de um olho desenhado em um E.V.A branco.

Murilo- Tudo
Uma cama feita no chão com lençóis.
Murilo quis mostrar que tudo começa e termina em uma cama,e que ao deitar ele eleva seus pensamentos...

Bruna- Essência
Conhecemos 10% do iceberg , porque os outros 90% ficam embaixo da água.
Pegando 3 bolinhas e 2 latinhas Bruna montou um esquema muito interessante para nos mostrar  o que estava querendo nos dizer.

Próximo presente?

Deborah Carrascoza tirou muita água dos olhos de Bruna e emocionou a turma ao mostrar um vídeo com fotos desde quando tudo começou até o Pa2a. Relembrando pessoas que passaram em nossa turma.

Pausa para um café.

Voltando com mais presentes, Camila Vidigoi também traz um belo texto destinado a turma. Seguida por Joca, que traz uma imagem de um palco vazio com uma frase, após a finalização dos presentes, um exercício foi lançado por Felipe.

Tema: Um grupo de pessoas alegres/embriagadas tem como objetivo alegrar um grupo de pessoas tristes. Criem!

Os grupos foram divididos em:
Paulo, Bruna, Camila, Murilo, Ricardo e Nathalia
 sendo assim, o outro ficou composto por:
Mariana, Joca, Nilsete, Alessandra e Deborah.
Passando –se todo exercício , fizemos uma roda para debater sobre o tema proposto e mais alguns outros pontos relevantes que tinham acontecido ao decorrer da tarde.

Vamos ver o que os Deuses nos preparam para semana que vem?

O que será que a próxima turma levara para instalação?

E os presentinhos? Ficarão por conta de quem?

Bom, a próxima pessoa que nos contará tudo o que aconteceu no próximo final de semana será Alessandra Ganan .

Fica aqui o meu olhar sobre o ocorrido.

Beijos 

Paulo Galrão.

“ O que não sabe é um imbecil. O que sabe e cala é um criminoso”.
(Bertolt Brecht)

9 de fevereiro de 2011

Protocolo primeira aula - 05/02/2011

Surpresa.

Essa foi a palavra que denominou a primeira aula de montagem.

Surpresa porque fomos desafiados:


- Nos avaliamos.

Não é fácil se avaliar, é?... sabemos que não. Por mais que pensemos, nem sempre temos a ousadia de falar para os outros, ou para nós mesmos.

Mas é necessário se avaliar, para poder crescer, se desenvolver, aprender.


- Descobrimos o que queríamos, pelo menos naquele momento, dizer ao mundo.

O professor fez uma atividade, pediu que imaginássemos que por um momento o mundo tinha parado para ouvir o que tínhamos para dizer, em uma frase, a ele.

"O que você diria?" - Ele perguntou.

Outra tarefa difícil. O que dizer? Por que dizer?


- Encenamos o que queríamos dizer.

O professor pediu que tranformassemos a frase em uma palavra.

Se já é difícil dizer uma frase, imagina passar uma mensagem inteira através de uma palavra.

Mas cada um escolheu a sua e em dois grupos, divididos pelo assistente, dissemos através de uma cena o que queríamos dizer.

Acho que o resultado foi bem interessante:

De um lado a idéia de que fugir dos padrões da sociedade te faz parecer um louco. E que um "louco", fugindo desses padrões às vezes consegue ser mais feliz do que uma pessoa "normal".

Do outro, a idéia de que não somos realmente livres. Que vivemos presos a conceitos, a regras e que elas nos fecham em um quadrado e, que por mais que tentemos escapar, sempre há uma nova barreira a vencer.


- Por fim... o professor pediu que trouxéssemos um presente ao grupo.

Para mim presente está sendo esse semestre onde podemos nos desafiar, crescer. Juntos.

O professor pediu também que fizéssemos uma instalação na sala com a palavra que diríamos ao mundo.

Acho que talvez seja um modo de não nos afastar de nosso objetivo...

Pediu também que aprendêssemos flauta doce.

Intrigante, diferente...

Acho que depois de toda essa aula, só nos resta ir atrás de vencermos os desafios para que possam vir melhores, para que possamos mais vezes ser surpreendidos, para que possamos sempre, crescer.